A Dama de Shalott

 
A Dama de Shalott, John William Waterhouse



A dama de Shalott é uma obra do pintor John William Waterhouse. Foi inspirada pelo poema de mesmo nome do autor Alfred Tennyson, que teve inspiração na lenda do Rei Arthur.
John William Waterhouse se inspirou nos versos: Rio abaixo, onde a vista não alcança
                                                                        Como um vidente em pleno transe...
                                                                        Um brilho opaco no semblante
                                                                        Ela olhou para Camelot."
Neste trecho, a dama da lenda está presa há anos em uma torre de uma ilha fluvial, onde a única coisa que tem permissão para fazer é tecer. A dama não tem permissão para olhar pela janela, ou será amaldiçoada. Por isso, ela vê o mundo através de um espelho. No entanto, ao ouvir Sir Lancelot cantar, esquece a maldição e olha pela janela. Então a dama entra em um barco em direção à sua morte, em Camelot.O pintor escolheu retratar este momento devido ao tema da mulher que abandonava a vida celibatária por uma paixão condenada, que era muito popular na literatura, na arte e no teatro vitorianos.


Detalhes:
- O rosto da dama:
A expressão da modelo e a sua cabeça lembram uma situação de sofrimento. A dama sabe que a sua morte é iminente.

- As velas e o crucifixo:

Das três velas na proa do barco, duas foram apagadas pelo vento, indicação de que a dama está quase no fim de sua jornada. O crucifixo à sua frente, símbolo da morte sacrificial, é uma sugestão de que a moça vai encontrar o seu caminho até o céu.

- Folhas flutuando na água:

As folhas aparecem sobre a água para representar não só o outono da vida como a noção vitoriana da mulher caída.

- O bordado:

O bordado que a dama tecia em sua torre aparece sobre a lateral do barco. Nos círculos são retratadas cenas que ela viu através do espelho durante a sua permanência na torre.

- A corrente:

A dama segura uma corrente em sua mão direita. Esta corrente matinha o barco ancorado à ilha, mas também tem um significado metafórico: representa o medo da dama a respeito da maldição que a privou da vida. Ao deixar para trás as correntes e seus temores, a moça está se libertando.


Dupla: Camila Girão e Chiara Emanuelly